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ALLISON LEDESMA
( URUGUAI )
Allison Ledesma nasceu em Montevidéu, Uruguai em 1976. Representante das correntes de vanguarda.
Participou das oficinas de vanguarda. Participou da Oficina literária Ressonâncias de Mônica Marchesky y Rayuela de Diamantina Dacunda.
Trabalha com menores em infração com a lei em diferentes oficinas. Estes trabalhos são sua primeira publicação.
RAPSODIAS. Selección de poesia contemporánea.
Montevideo: aBrace editores, 2010. 96 p. N. 03 088
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
TEXTOS EN ESPAÑOL
Esquizofrenia
A la memoria de Ernesto y su Hospício de las sombras
Otra tarde se va
sin poder despertar
del profundo sueño
a la realidad…
Otra vida arrebatada
en el oleaje
de la civilización salvaje.
Otro día sin verdadera alegría
con los ojos
de la sonrisa marchita…
que aún respira
cautiva
en la fosa
de la agonía…
No hay paz
para la libertad.
Hay un altar para sacrificar
y muchas marionetas
dispuestas a matar
en el torrente de soledad.
Estoy rodeado de locos
— exclamaste —
estoy enfermo de todo…
No quiero morir
no quiero vivir así.
Tu voz era grave,
tu voz y el temblor
de la desesperación.
No quiero pisar el mismo suelo
por el que se arrastran
los despojos de todos.
El espejo se ensombreció
y una certeza
le corrió por el sudor.
El reloj se detuvo
latiendo ensordecedor
y tu…
Ayer para ti era hoy
el mañana nunca existió
del día para la liberación
de la cárcel
a otra cárcel
y a otra…
Siempre fue una visión
aturdidora
y ya insoportable.
Nunca poder escaparse
para dejar de correr
y mirarse
en el espejo
que babea su descontento.
Frente a él
sonó un disparo
y se precipitó el tiempo…
Caíste
como un pájaro herido
y la tierra
guardó su dolor
el silencio de la muerte
desparramó la sangre
de un demente.
Dicen las crónicas
del horror
aún mayor.
Este mundo sin vos.
Infancia
quiso volver al jardín
del cual nunca debió salir
quiso llorara y reír
como ayer
ah quién pudiera
ser un niño
otra vez.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Esquizofrenia
Em memória de Ernesto e seu Hospício das Sombras
Mais uma tarde se passa
sem conseguir despertar
do sono profundo
para a realidade…
Mais uma vida arrancada
nas ondas
da civilização selvagem.
Mais um dia sem verdadeira alegria
com os olhos
do sorriso murcho…
que ainda respira
cativo
na fossa
da agonia…
Não há paz
para a liberdade.
Há um altar para sacrifícios
e muitos fantoches
prontos para matar
na torrente da solidão.
Estou cercado de loucos
— você exclamou —
Estou farto de tudo…
Não quero morrer
Não quero viver assim.
Sua voz era grave,
sua voz e o tremor
do desespero.
Não quero pisar no mesmo chão
onde os restos de todos são
arrastados.
O espelho escureceu
e uma certeza
correu em seu suor.
O relógio parou
batendo ensurdecedoramente
y tu
Ontem era hoje para ti
o amanhã nunca existiu
do dia da libertação
da prisão
para outra prisão
e outra…
Sempre foi uma visão
aturdidora
e agora insuportável.
Nunca conseguir escapar
parar de correr
e se olhar
no espelho
que baba de descontentamento.
Diante dele
e o tempo passou voando…
Você caiu
como um pássaro ferido
e a terra
guardou sua dor
o silêncio da morte
derramou o sangue
de um.
As crônicas contam
um horror
ainda maior.
Este mundo sem você.
A infância
ansiava por retornar ao jardim
do qual nunca deveria ter partido
ansiava por chorar e rir
como ontem
ah, se ao menos pudéssemos
ser crianças
novamente.
*
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Página publicada em novembro de 2025.
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